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domingo, 9 de setembro de 2007

Trabalho escravo precisa de medida séria


Só neste ano, quase 3.500 pessoas foram libertadas de trabalhos escravos. O dado que é da Comissão Pastoral da Terra é agravado pela falta de medidas eficientes para a questão.

Na campanha "Erradicação do Trabalho Escravo", em dezembro de 2005, os ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social firmaram um acordo que dá prioridade para pessoas em regime de escravidão no Bolsa Família. Eles recebem de R$ 15 a R$ 95 por mês até atingirem uma renda mensal maior do que R$ 120, em um novo emprego.

Quase dois anos depois, 15% dos libertos foram incluídos no programa. Além de o número mostrar que o projeto não resolve, questiono se alguém pode viver apenas do benefício.

Da mesma forma que é um absurdo alguém trabalhar cerca de 90 horas semanais sem descanso aos domingos, é absurdo achar que alguém vive bem com R$ 15 ou até R$ 95 por mês. Além disso, segundo a lei, nenhum salário no Brasil deve ser menor do que o mínimo, hoje de R$ 380. Então, como R$ 120 pode ser suficiente para tirar alguém de um programa social?

A pessoa pode até sair do sistema de escravidão por um tempo, mas logo aceita ser aliciada de novo. Sem perspectivas de uma vida normal, vê no degradável sua única chance. É preciso questionar e exigir mais dos projetos governamentais.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Apesar do foco da matéria não ser esse... acho todos esses programas de apoio q o presidente e seus "companheiros" criam para calar a boca do pobre uma verdadeira piada... e com a nossa cara... ao invés de investir em educação que, po, é a BASE da base, continuam fazendo fita de bonzinhos. Paternalismo é coisa de país de gente ignorante... precisamos de ordem e progresso...

Ainda existir trabalho escravo é uma vergonha mas isso só acontece pq o povo é ignorante e a justiça, infelizmente, aqui não passa de um sonho.

Parabéns aí pelo blog... discutir os problemas já é um grande começo!

10 de setembro de 2007 às 20:42  

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