Mais trabalho e menos tempo para as crianças
Os pais trabalham cada vez mais e ficam menos com os filhos. A filosofia de vida capitalista diz que o melhor da vida é poder comprar o que se deseja. É em nome desse “estilo de vida” que homens e mulheres gastam mais tempo com o emprego do que com os filhos.
A idéia de que o dinheiro pode tudo faz com que pais tentem comprar suas crianças. No Dia das Crianças, por exemplo, mães e pais consomem o que não devem só para agradar os pequenos, buscando suprir e justificar o tempo que passam trabalhando.
Em 2006, uma pesquisa realizada pela empresa InterScience entrevistou 1.500 mães com filhos entre 2 e 14 anos e detectou que 85% das crianças interferem na renda familiar. Em 2000, esse número era de 71%. Os pequenos percebem que só recebem a atenção dos pais na hora de comprar, então pedem uma porção de produtos para chamar a atenção. Por isso, a tendência é esse número crescer ano a ano.
Existe também a influência da televisão. Segundo dados do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), 30 mil mensagens publicitárias são dirigidas para o público infantil por ano, ou seja, mais de 80 por dia. Sem os pais em casa para instruir e com o pensamento de que “gente grande” trabalha para poder dar tudo a eles, as crianças são alvos fáceis das propagandas. A família, sentindo-se culpada, compra sem pensar e acumula dívidas.
Os pais não precisam deixar seus empregos, e sim conciliar o tempo. Falta conversa entre pais e filhos. A maioria dos adultos chegam em casa exaustos por causa da jornada de trabalho e nem vêem as crianças. Por que não usar esse tempo com os pequenos? Meia hora por dia só para eles. Larguem as preocupações um pouco e formem adultos melhores.
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